quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Hoje recebi esse e-mail abaixo de uma amiga mineira. Achei bonitinho mas me lembrei de uma reflexão que havia feito há algum tempo atrás. Aí respondi a ela em outro e-mail. No fim das contas achei que tanto o e-mail dela quanto a minha resposta mereciam ser visto por mais pessoas. Resolvi postar aqui.
O primeiro, em vermelho, é o gerador. Abaixo, em azul, é a minha resposta

Texto atribuído ao Neto, MENTOR MUNIZ NETO, diretor de criação e sócio da Bullet, uma das maiores agências de propaganda do Brasil, sobre a crise mundial.
"Vou fazer um slideshow para você. Está preparado?
É comum, você já viu essas imagens antes. Quem sabe até já se acostumou com elas. Começa com aquelas crianças famintas da África. Aquelas com os ossos visíveis por baixo da pele. Aquelas com moscas nos olhos.
Os slides se sucedem.
Êxodos de populações inteiras. Gente faminta. Gente pobre. Gente sem futuro.
Durante décadas, vimos essas imagens.
No Discovery Channel, na National Geographic, nos concursos de foto. Algumas viraram até objetos de arte, em livros de fotógrafos renomados. São imagens de miséria que comovem. São imagens que criam plataformas de governo. Criam ONGs. Criam entidades. Criam movimentos sociais.
A miséria pelo mundo, seja em Uganda ou no Ceará, na Índia ou em Bogotá sensibiliza. Ano após ano, discutiu-se o que fazer. Anos de pressão para sensibilizar uma infinidade de líderes que se sucederam nas nações mais poderosas do planeta.
Dizem que 40 bilhões de dólares seriam necessários para resolver o problema da fome no mundo.
Resolver, capicce? Extinguir.
Não haveria mais nenhum menininho terrivelmente magro e sem futuro, em nenhum canto do planeta. Não sei como calcularam este número. Mas digamos que esteja subestimado. Digamos que seja o dobro. Ou o triplo. Com 120 bilhões o mundo seria um lugar mais justo.
Não houve passeata, discurso político ou filosófico ou foto que sensibilizasse. Não houve documentário, ONG, lobby ou pressão que resolvesse.
Mas em uma semana, os mesmos líderes, as mesmas potências, tiraram da cartola 2.2 trilhões de dólares (700 bi nos EUA, 1.5 tri na Europa) para salvar da fome quem já estava de barriga cheia. Bancos e investidores.Como uma pessoa comentou, é uma pena que esse texto só esteja em blogs e não na mídia de massa, essa mesma que sabe muito bem dar tapa e afagar.
Se quiser, repasse, se não, o que importa?
O nosso almoço tá garantido mesmo..."

A resposta...

Joyce, minha amiga,

Bom dia. Estou recebendo esse e-mail e minha amada mulher sussura (bem alto) lá da cozinha: "BEENNHÊ, o almoço está na mesa!!! Peço altas e que espere um pouquinho. Queria responder aqui.
Olha, parece mentira, mas há uns tempos atrás, quando começaram a abrir a fonte dos dólares e euros para esses pobres coitados investidores/especuladores/empresários, ou seja, os donos das fortunas do mundo, eu pensei exatamente isso! Puxa, se é tão facil descolar 700 bilhões, 565 bilhões e outros bilhões e bilhões e bilhões será que não dava para "pagar uma comissãozinha" nessa comessão toda e erradicar a fome no planeta? pelo menos por algum tempo até o povo conseguir forças para voltar a caçar, plantar, colher, fabricar com as mãos, e aquelas coisas todas que a humanidade fez séculos afora para que chegássemos a essa beira de abismo? Foi uma pergunta ao léo e, como era só isso, não teria resposta. Mas fiquei imaginando se um Obama-Clinton, uma Carla Bruni, um Gordon Brown(ie) e outros biscoitos finos do planeta fizessem essa proposta, o mundo abaixo e acima do equador poderia, talvez, ouvir. Claro que teria que ser eles pois quando Lula fala isso nas assembléias do mundo o povo (daqui) ri e chama o cara de idiota, imbecil, aparecido e... ignorante. Bem, quando o texto é bacana e sai de um publicitário isso também ajuda. Vai sair em mil blogs, comunidades, grupos, etc, etc, etc, mas... vai continuar do mesmo jeitim...
Que podemos fazer? Eu gosto muito daquela máxima gerada na "ECO RIO 92": "Pensar global e agir local"... Já consegui transformar três bobeiras dessas de "amigo oculto" em contribuição para algumas entidades próximas a mim.
No mais é como diz um amigo do Mauro, o filósofo de Valinhos: Vai vendo...
Abração natalino para todos
Márcio, não é Papaya nem Mamão Noel mas anda de saco meio cheio...



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